Quando conheceu o futebol
de botão com maior ênfase, Paulo Roberto de Holanda Cavalcanti, o Paulão, tinha
dez anos. Seu primeiro time era de tampa de relógio, o goleiro uma caixa de
fósforo com chumbo e jogava na regra do “leva-leva”. Depois passou a usar
botões de casca de coco e de chifres de boi.
Seu pai era o grande
incentivador. Como ele era carpinteiro começou a fabricar botões de acrílicos
torneadas com um cravo no meio. Os escudos eram recortados da revista Placar.
Na sua adolescência teve
um time que Paulão considera inesquecível, o Asa Branca, todo branco, com a
base em acrílico da janela de avião, com bainha de 27 graus.
Paulão só retornou à
prática do futebol de mesa em Brasília.
Durante o
Challenger de 20 de agosto de 2005, tivemos a boa notícia que mais um botonista
estava procurando se filiar a AABB. Era o Paulão que, no mesmo dia, pegou sua
proposta de filiação junto a AABB e mandou fazer seu time, o Leão do Norte, em
homenagem ao Sport Club do Recife, seu time do coração, logicamente, nas cores
vermelha e preta.
Para quem
não sabe, no início dos anos 40, o Sport Recife realizou uma vitoriosa excursão
ao sul do Brasil, ali ganhando o apelido de Leão do Norte.
Além disso, na bandeira de Recife, há um leão que
se refere ao escudo de armas de Maurício de Nassau e ao apelido recebido pelos
pernambucanos (Leão do Norte) alusivo à história de lutas do povo do Estado de
Pernambuco.
O Leão do
Norte demorou um pouco para participar das competições pois, logo depois, no
dia 21 de agosto de 2005, seu técnico ficou impossibilitado de comparecer às
reuniões por motivo de um acidente que sofreu, em que ficou com o pé e o braço
direito imobilizados.
Quando começou a jogar, em 7 de fevereiro de 2006,
a escalação do Leão do Norte era a seguinte: 1. Zezito (seu pai); 2. Gonzagão;
3. Joaquim Nabuco; 4. Ariano Suassuna; 5. Mestre Vitalino; 6. João Cabral; 7.
Capiba; 8. Juninho Pernambucano; 9. Alceu Valença; 10. Gilberto Freire e 11.
Lenine. Na reserva: 12. Zé Grilo; 13. Lampião; 14. Corisco; 15. Manoel Bandeira
e 16. Sivuca.
Neste dia, sua estreia foi
contra o Amigos, de Paulo César Faria, sofrendo uma derrota de 3 x 0. Também
perdeu para Ricardo Motta (1 x 0) e ficou em 17º lugar entre os 19
participantes.
Um dos grandes momentos do
Leão do Norte aconteceu durante o Campeonato Brasileiro Individual de 2011,
quando chegou no 11º lugar entre 35 participantes de várias partes do Brasil.
Contando com excelentes
atuações do goleiro Zezito, obteve resultados expressivos, tais como as
vitórias sobre Jan Buarque (3 x 1), Brunno Gill (2 x 0) e Leco (2 x 1) e os
empates com Stumpf (1 x 1) e Marcelo Ferreira (1 x 1).
Depois de algumas
contratações e outras dispensas, a atual escalação do Leão do Norte é baseada,
principalmente, em jogadores que fizeram história no Sport Recife: 1. Zezito (seu
pai), 2. Bria, 3. Durval, 4. Rogério, 5. Estevam, 6. Dutra, 7. Leonardo, 8. Juninho
Pernambucano, 9. Ademir Menezes, 10. Betancourt e 11. Traçaia.
No banco de reservas estão
12. Magrão, 14. Diego Souza, 15. Magaldi, 16. Carlinhos Bala e 23. Betão.
Parabéns pelo resgate histórico da sua vida e dá história do futebol de mesa pernambucano.
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