sábado, 13 de junho de 2020

MEU TIME DE BOTÃO: Leão do Norte


Quando conheceu o futebol de botão com maior ênfase, Paulo Roberto de Holanda Cavalcanti, o Paulão, tinha dez anos. Seu primeiro time era de tampa de relógio, o goleiro uma caixa de fósforo com chumbo e jogava na regra do “leva-leva”. Depois passou a usar botões de casca de coco e de chifres de boi.
Seu pai era o grande incentivador. Como ele era carpinteiro começou a fabricar botões de acrílicos torneadas com um cravo no meio. Os escudos eram recortados da revista Placar.
Na sua adolescência teve um time que Paulão considera inesquecível, o Asa Branca, todo branco, com a base em acrílico da janela de avião, com bainha de 27 graus.
Paulão só retornou à prática do futebol de mesa em Brasília.

Durante o Challenger de 20 de agosto de 2005, tivemos a boa notícia que mais um botonista estava procurando se filiar a AABB. Era o Paulão que, no mesmo dia, pegou sua proposta de filiação junto a AABB e mandou fazer seu time, o Leão do Norte, em homenagem ao Sport Club do Recife, seu time do coração, logicamente, nas cores vermelha e preta.
Para quem não sabe, no início dos anos 40, o Sport Recife realizou uma vitoriosa excursão ao sul do Brasil, ali ganhando o apelido de Leão do Norte.
Além disso, na bandeira de Recife, há um leão que se refere ao escudo de armas de Maurício de Nassau e ao apelido recebido pelos pernambucanos (Leão do Norte) alusivo à história de lutas do povo do Estado de Pernambuco.

O Leão do Norte demorou um pouco para participar das competições pois, logo depois, no dia 21 de agosto de 2005, seu técnico ficou impossibilitado de comparecer às reuniões por motivo de um acidente que sofreu, em que ficou com o pé e o braço direito imobilizados.
Quando começou a jogar, em 7 de fevereiro de 2006, a escalação do Leão do Norte era a seguinte: 1. Zezito (seu pai); 2. Gonzagão; 3. Joaquim Nabuco; 4. Ariano Suassuna; 5. Mestre Vitalino; 6. João Cabral; 7. Capiba; 8. Juninho Pernambucano; 9. Alceu Valença; 10. Gilberto Freire e 11. Lenine. Na reserva: 12. Zé Grilo; 13. Lampião; 14. Corisco; 15. Manoel Bandeira e 16. Sivuca.
Neste dia, sua estreia foi contra o Amigos, de Paulo César Faria, sofrendo uma derrota de 3 x 0. Também perdeu para Ricardo Motta (1 x 0) e ficou em 17º lugar entre os 19 participantes.

Um dos grandes momentos do Leão do Norte aconteceu durante o Campeonato Brasileiro Individual de 2011, quando chegou no 11º lugar entre 35 participantes de várias partes do Brasil.
Contando com excelentes atuações do goleiro Zezito, obteve resultados expressivos, tais como as vitórias sobre Jan Buarque (3 x 1), Brunno Gill (2 x 0) e Leco (2 x 1) e os empates com Stumpf (1 x 1) e Marcelo Ferreira (1 x 1).
Depois de algumas contratações e outras dispensas, a atual escalação do Leão do Norte é baseada, principalmente, em jogadores que fizeram história no Sport Recife: 1. Zezito (seu pai), 2. Bria, 3. Durval, 4. Rogério, 5. Estevam, 6. Dutra, 7. Leonardo, 8. Juninho Pernambucano, 9. Ademir Menezes, 10. Betancourt e 11. Traçaia.
No banco de reservas estão 12. Magrão, 14. Diego Souza, 15. Magaldi, 16. Carlinhos Bala e 23. Betão.




Um comentário:

  1. Parabéns pelo resgate histórico da sua vida e dá história do futebol de mesa pernambucano.

    ResponderExcluir