Para inaugurar sua nova
mesa, denominada “Pimentão”, localizada em seu apartamento, no Guará, Antônio
Carlos Pimentel (Vidigal) promoveu um torneio (chamado Torneio Mônica, em
homenagem a sua filha) nos dias 23 e 26 de janeiro de 1985 e que contou com a
participação de 9 técnicos: Álvaro Sampaio (All Stars), Antônio Carlos Almeida
(Verdão), José Ricardo Almeida (Estrela Solitária), Márcio Parente
(Tiradentes), Paulo César Faria (Amigos), Renato Ribeiro (Força Verde),
Roberval de Paula (Águia Branca) e Sérgio Motta (Mengole), além do anfitrião.
José Ricardo venceu o
torneio, mas o melhor (ou pior!) estava por acontecer!
TERREMOTO NO GUARÁ!!!
No triangular final, realizado em 26
de janeiro de 1985, ficaram para a última rodada, a que decidiria o torneio,
José Ricardo, que jogava pelo empate, e Roberval de Paula, que tinha de vencer
para chegar ao título.
Já havia passado das 22 horas,
momento em que deveríamos estar respeitando a “lei do silêncio”.
Como todo jogo contra Roberval, este
também estava travado.
Aproximava-se o final do jogo e José
Ricardo vencia por 2 x 1.
Eis que, subitamente, já meio que no
desespero, relógio correndo, Roberval realiza uma bela buscada de bola na linha
de fundo da defesa de José Ricardo, dá o passe para um jogador próximo à
meia-lua e a bola vai parar dentro da grande área. No exato momento em que ele comunica
que vai chutar a gol, o relógio toca, avisando que o jogo terminara, só
permitindo o lance de chute a gol.
José Ricardo posiciona seu goleiro e
avisa ao Roberval que pode chutar! Roberval, então, vai se apoiando na mesa,
tentando posicionar da melhor forma possível o seu corpo, um tanto quanto avantajado!!!
rsrsrs
Ajeita mais um pouquinho e ainda
assim não consegue chegar com total apoio no jogador melhor colocado para o
chute derradeiro.
Sobe mais um pouco e percebendo que
ainda não é a posição ideal, estica-se um pouco mais. Finalmente, pelo menos na
cabeça dele, chegou no posicionamento perfeito para o chute que não podia errar
e lhe daria o empate.
Foi aí que, no melhor estilo “terremoto”,
os cavaletes cederam (eram aqueles com corrente!), a mesa foi despencando e o
surpreso e apavorado Roberval descendo junto com ela. Imaginem a cena: alguém
tentando segurar em alguma coisa que está descendo e vai levar você junto!
Até hoje estamos na dúvida quem
quicou mais, Roberval ou a mesa, ao baterem no chão? Botões espalhados para
todos os lados, um susto enorme, um tremendo barulho no silêncio daquela noite.
Ficamos imaginando a reação dos
vizinhos do Pimentel. Quantos saíram correndo, achando que o prédio estava
caindo! Aqueles que não perguntaram para o Pimentel o que houve naquela noite,
jamais vão imaginar que o barulho aconteceu num torneio de futebol de botão!
Depois de verificarem que estava tudo
bem com Roberval, logicamente, José Ricardo, Pimentel e o próprio causador do
terremoto riram muito daquela situação inusitada!
Depois de refeitos do susto, vira o
Roberval para José Ricardo e diz:
- Eu nunca consegui nem empatar com
você! Essa era a minha primeira chance.
Foi quando José Ricardo respondeu:
- Coloca na súmula (um caderno que
ficava ao lado da mesa) o número do jogador que ia chutar, como se ele tivesse
feito o gol! Faz de conta que o resultado foi 2 x 2 e vamos tomar cerveja!
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