IN
MEMORIAM
No
início de sua carreira como botonista da regra 3 Toques (1981), surgiu a dúvida
de qual seria o nome do time do saudoso Álvaro Sampaio Filho.
Na
época, já estavam registrados quase todos os nomes dos times de futebol do Rio
de Janeiro e São Paulo, pelo menos os que interessavam a ele.
Bolou,
então, um nome que seria exclusivo, pessoal, e além do que formado pelas
iniciais do seu nome – ASF. Assim, estava criado o All Stars Futebol de Mesa.
O
segundo passo foi a criação de um distintivo, já que o nome era diferente.
Inicialmente, desenhou um escudo baseado na bandeira dos nortistas dos Estados
Unidos, na Guerra de Secessão. Posteriormente criou um escudo que era um misto
do emblema do Monterey, do México, e o cometa do Brest Armorique, da França. Sempre
com a combinação das cores vermelha, azul e branca.
Aí
surgiu outra questão: como ficaria a escalação desta equipe? Quais seriam os
nomes que adotaria para os jogadores? Achou que não ficaria legal colocar nomes
de jogadores de equipes, como o Botafogo, por exemplo, até porque os
profissionais daquele time, como os de todos os outros, têm permanência efêmera
nas respectivas agremiações. As transferências são constantes e as escalações
mudam frequentemente.
Como
sempre foi amante da música clássica, Álvaro optou por uma escalação
surrealista, com nomes de compositores clássicos, nomes que atravessaram
gerações, séculos e tornaram-se imortais pelo legado que nos deixaram. Obras
musicais de rara beleza, que se perpetuaram e resistem ao tempo.
Por
este motivo, assim ficou a escalação do ALL STARS FUTEBOL DE MESA, cujos nomes são
alinhados abaixo, seguidos de breves explicações sobre alguns detalhes da vida
de cada um.
1
– ROSSINI (Gioachino) – 1792
a 1868. Considerado inovador na sua época. Foi o
“mestre” das aberturas de óperas. Dentre os seus trabalhos, destacam-se O
Barbeiro de Sevilha, O Poeta e o Camponês e La Gazza Ladra.
2
– BEETHOVEN (Ludwig Von) – 1770
a 1827. Talento muito precoce, teve extensa produção
musical. Concertos, Sonatas, Corais, Cantatas, Noturnos etc. Uma das suas obras
mais populares é o Concerto nº5 (Imperador).
3
– TCHAIKOWSKY (Peter Ilich) – 1840
a 1893. Dedicou-se à música de balé. A Suíte Quebra
Nozes é sem dúvida a mais conhecida das suas obras,
4
– CARLOS GOMES (Antônio) – 1836
a 1896 – Brasileiro, nascido em Campinas, sua obra mais
conhecida é a ópera O Guarany.
5
– VERDI (Giuseppe Fortunato Francesco) – Inegavelmente, uma das maiores
estrelas do mundo operístico. A mais conhecida de suas composições é a Marcha Triunfal
da ópera Aída, composta para a inauguração do canal de Suez. Após vários anos
de sucessivos fracassos, teve na ópera Nabuco o início da sua triunfal
carreira, cuja ária Vá Pensiero é a mais conhecida e executada em todo o mundo.
6
– BIZET (Georges) – 1838 a
1875 – Francês, teve o seu ponto culminante com a ópera Carmem, até hoje uma
das mais representadas mundialmente. Morreu aos 37 anos, sem ver o sucesso do
seu trabalho.
7
– CHOPIN (Frédéric) – 1810 a
1849 – Compôs mais de 250 obras, todas envolvendo o piano.
8
– GUNOD (Charles) – 1818 a
1893 – Francês, compôs várias óperas, réquiens, sinfonias. Teve na Ave Maria a
sua obra mais célebre a mais conhecida.
9
– GERSHWIN (George) 1898 a
1937 – Americano, compositor de extensa obra, autos de uma música mais
conhecidas e popularizadas mundialmente – Summertime – que teve em Louis Armstrong e
Ella Fritzgerald os seus melhores intérpretes. O que poucos sabem, porém, é que
Summertime é uma ária da ópera Porgy & Bess, que o autor compôs em parceria
com seu irmão, Ira.
10
– SUPPÉ (Franz Von) – 1819 a
1895 – Austríaco, compositor de operetas, dentre as quais O Poeta e o Camponês,
muito conhecida.
11
– STRAUSS (Johan) – 1804 a
1849 – O patrono da dinastia dos “reis da valsa”, foi o principal criador da
valsa vienense. Compôs centenas de polcas, marchas, quadrilhas, galopes e,
claro, valsas.
12
– LEONCAVALLO (Ruggero) – 1857
a 1919 – Italiano nascido em Nápoles, compôs óperas e
operetas. A sua obra mais conhecida é a ópera Palhaços.
13
– VILLA LOBOS (Heitor) – 1887
a 1959 – O compositor brasileiro mais famoso,
autodidata, que teve nas Bachianas Brasileiras o seu maior sucesso.
15
– WAGNER (Richard) – 1813 a
1883 – Nascido em Leipzig, Alemanha, foi classificado como anarquista,
socialista, anti-semita. Além de compositor, foi também escritor e político.
Compôs 13 óperas, dentre as quais Lohengrin, O Holandês Voador, e Tanhauser.
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