quarta-feira, 9 de setembro de 2020

MEU TIME DE BOTÃO: All Stars, de Álvaro Sampaio


IN MEMORIAM

No início de sua carreira como botonista da regra 3 Toques (1981), surgiu a dúvida de qual seria o nome do time do saudoso Álvaro Sampaio Filho.
Na época, já estavam registrados quase todos os nomes dos times de futebol do Rio de Janeiro e São Paulo, pelo menos os que interessavam a ele.
Bolou, então, um nome que seria exclusivo, pessoal, e além do que formado pelas iniciais do seu nome – ASF. Assim, estava criado o All Stars Futebol de Mesa.
O segundo passo foi a criação de um distintivo, já que o nome era diferente. Inicialmente, desenhou um escudo baseado na bandeira dos nortistas dos Estados Unidos, na Guerra de Secessão. Posteriormente criou um escudo que era um misto do emblema do Monterey, do México, e o cometa do Brest Armorique, da França. Sempre com a combinação das cores vermelha, azul e branca.
Aí surgiu outra questão: como ficaria a escalação desta equipe? Quais seriam os nomes que adotaria para os jogadores? Achou que não ficaria legal colocar nomes de jogadores de equipes, como o Botafogo, por exemplo, até porque os profissionais daquele time, como os de todos os outros, têm permanência efêmera nas respectivas agremiações. As transferências são constantes e as escalações mudam frequentemente.
Como sempre foi amante da música clássica, Álvaro optou por uma escalação surrealista, com nomes de compositores clássicos, nomes que atravessaram gerações, séculos e tornaram-se imortais pelo legado que nos deixaram. Obras musicais de rara beleza, que se perpetuaram e resistem ao tempo.
Por este motivo, assim ficou a escalação do ALL STARS FUTEBOL DE MESA, cujos nomes são alinhados abaixo, seguidos de breves explicações sobre alguns detalhes da vida de cada um.

1 – ROSSINI (Gioachino) – 1792 a 1868. Considerado inovador na sua época. Foi o “mestre” das aberturas de óperas. Dentre os seus trabalhos, destacam-se O Barbeiro de Sevilha, O Poeta e o Camponês e La Gazza Ladra.

2 – BEETHOVEN (Ludwig Von) – 1770 a 1827. Talento muito precoce, teve extensa produção musical. Concertos, Sonatas, Corais, Cantatas, Noturnos etc. Uma das suas obras mais populares é o Concerto nº5 (Imperador).

3 – TCHAIKOWSKY (Peter Ilich) – 1840 a 1893. Dedicou-se à música de balé. A Suíte Quebra Nozes é sem dúvida a mais conhecida das suas obras,

4 – CARLOS GOMES (Antônio) – 1836 a 1896 – Brasileiro, nascido em Campinas, sua obra mais conhecida é a ópera O Guarany.

5 – VERDI (Giuseppe Fortunato Francesco) – Inegavelmente, uma das maiores estrelas do mundo operístico. A mais conhecida de suas composições é a Marcha Triunfal da ópera Aída, composta para a inauguração do canal de Suez. Após vários anos de sucessivos fracassos, teve na ópera Nabuco o início da sua triunfal carreira, cuja ária Vá Pensiero é a mais conhecida e executada em todo o mundo.

6 – BIZET (Georges) – 1838 a 1875 – Francês, teve o seu ponto culminante com a ópera Carmem, até hoje uma das mais representadas mundialmente. Morreu aos 37 anos, sem ver o sucesso do seu trabalho.

7 – CHOPIN (Frédéric) – 1810 a 1849 – Compôs mais de 250 obras, todas envolvendo o piano.

8 – GUNOD (Charles) – 1818 a 1893 – Francês, compôs várias óperas, réquiens, sinfonias. Teve na Ave Maria a sua obra mais célebre a mais conhecida.

9 – GERSHWIN (George) 1898 a 1937 – Americano, compositor de extensa obra, autos de uma música mais conhecidas e popularizadas mundialmente – Summertime – que teve em Louis Armstrong e Ella Fritzgerald os seus melhores intérpretes. O que poucos sabem, porém, é que Summertime é uma ária da ópera Porgy & Bess, que o autor compôs em parceria com seu irmão, Ira.

10 – SUPPÉ (Franz Von) – 1819 a 1895 – Austríaco, compositor de operetas, dentre as quais O Poeta e o Camponês, muito conhecida.

11 – STRAUSS (Johan) – 1804 a 1849 – O patrono da dinastia dos “reis da valsa”, foi o principal criador da valsa vienense. Compôs centenas de polcas, marchas, quadrilhas, galopes e, claro, valsas.

12 – LEONCAVALLO (Ruggero) – 1857 a 1919 – Italiano nascido em Nápoles, compôs óperas e operetas. A sua obra mais conhecida é a ópera Palhaços.

13 – VILLA LOBOS (Heitor) – 1887 a 1959 – O compositor brasileiro mais famoso, autodidata, que teve nas Bachianas Brasileiras o seu maior sucesso.

15 – WAGNER (Richard) – 1813 a 1883 – Nascido em Leipzig, Alemanha, foi classificado como anarquista, socialista, anti-semita. Além de compositor, foi também escritor e político. Compôs 13 óperas, dentre as quais Lohengrin, O Holandês Voador, e Tanhauser.




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