Roberval de Paula Teixeira nasceu no dia 18 de maio
de 1951, em Paulistânia (SP), cidade que fica a 15 km de Bauru (SP).
Com menos de onze anos de idade, em fevereiro de
1962, transferiu-se, juntamente com sua família, para o Setor Norte de
Taguatinga (DF).
A primeira vez que viu um time de botão foi quando
venceu um sorteio numa banca de jornais, cujo prêmio era um time de botão.
Os primeiros jogos aconteceram na calçada que
cercava sua casa, com seu amigo de infância Milton Moraes, que logo tratou de
comprar um time. A eles foi se juntando a molecada da rua e não demorou muito
para acontecer a organização de vários torneios.
Devido ao grande número de meninos que apareceram
para jogar, Roberval construiu a primeira mesa, aproveitando uma pequena chapa
de madeira, na qual colocou quatro pés. Estava construído o primeiro “estádio”
de sua rua. Calçada nunca mais!
Um desses meninos foi Canhoto, que mais tarde seria
treinador no futebol do Distrito Federal.
Não demorou muito para Roberval descobrir, no
centro de Taguatinga, um novo grupo de botonistas, com times mais sofisticados
e mesas maiores que a sua.
Passou a jogar no centro de Taguatinga, indo com
eles alguns de seus amigos da rua onde morava.
Além do melhor nível técnico dos novos adversários,
outra dificuldade que Roberval e seus amigos enfrentaram foi a distância. Por
falta de transporte, os meninos caminhavam cerca de sete quilômetros para
chegar ao local dos jogos.
O ano de 1982 foi o de conhecimento de uma nova
regra e de um novo pessoal.
Ao ler reportagem publicada em um jornal que
aconteceria o 4º Torneio Aberto de Futebol de Mesa de Brasília, ligou para um
dos organizadores, José Ricardo Almeida. Combinou com ele um horário e apareceu
na UDF. No mesmo dia, se inscreveu na competição, juntamente com seu amigo de
infância, Milton, e passou a treinar com um time emprestado por Álvaro Azevedo.
Venceu o Torneio Aberto, disputado de 27 de março a
25 de abril de 1982, já com o nome do seu time de Águia Branca, disputando oito
jogos, vencendo cinco, empatando dois e perdendo apenas um. Na final, derrotou
Mauro Moura (Náutico), invicto até a partida decisiva. Seu amigo Milton chegou
em quarto lugar.
Logo depois, de 25 de maio a 17 de julho de 1982,
venceu o primeiro campeonato interno da Associação Guará, com Milton Moraes na
segunda colocação.
Após a realização do Torneio Aberto, mandou fazer
seu time na Stiloplast, de Taguatinga. O time era todo branco, tinha a
escalação do Fluminense (seu time de coração) mas era uma homenagem ao Paulo
Caruso, botonista por quem sempre teve grande admiração.
Roberval participou pela primeira vez da Taça
Brasília de 7 de agosto a 25 de setembro de 1982, chegando no 12º posto.
Como sempre teve bom relacionamento, participou de
torneios internos da Associação, do CEUB, da UDF, do Liberal, dos Correios e do
Asa Norte.
Venceu ainda os internos do Guará nos anos de 1985
e 1988.
Sua última participação em um torneio oficial
aconteceu de 4 a 11 de março de 1988, quando disputou o 7º Campeonato
Brasiliense Interclubes, defendendo as cores da Associação Guará.
Paulo César, Paulão, Motta, Roberval e Zé Ricardo |
Ficou um longo tempo afastado das mesas e retornou,
ainda de forma reduzida, das competições da Federação Brasiliense de Futebol de
Mesa no ano de 2014, ao disputar o Torneio “Leão do Norte”.
A última vez que disputou a Taça Brasília,
campeonato individual do Distrito Federal, foi de 3 de outubro a 14 de novembro
de 2015.
De lá para cá, poucas participações em torneios,
quase sempre internos da AABB.
De 1º de setembro a 17 de novembro de 2018 disputou
sua última competição, a Copa AABB. Passou a enfrentar problemas de saúde,
particularmente uma intensa briga contra a labirintite, e afastou-se novamente
das mesas.
NO FUTEBOL DE CAMPO
Já faz um bom tempo que Roberval é nome muito
querido no futebol de campo do Distrito Federal. Já trabalhou, quase sempre
como supervisor, em 19 equipes do DF, sendo a primeira delas o Tiradentes. Já
ganhou vários troféus “Mané Garrincha” e tem a Comenda “João Havelange”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário