Em janeiro de 1979, Sérgio Netto retornou a Brasília.
Por todos os cantos do Campus do Ceub ele procurou pela mesa “Ceubão” e
só foi achá-la, bem avariada, com manchas de café e refrigerante e com algumas
lascas na beirada, na carpintaria.
Não havia sequer uma pessoa para ajudá-lo a levá-la para a sala do CAC -
Centro de Atividades Artísticas e Culturais do Ceub. O CAC ficava no Bloco 2,
na sala 220. Eram duas saletas e a mesa passaria a ficar em uma delas.
Para carregá-la, conseguiu a ajuda, na metade do caminho, do Tio Prado,
um pipoqueiro que fez a vida vendendo suas pipocas amanteigadas no Campus.
Isto aconteceu numa quinta-feira, 1º de março de 1979.
Na sexta-feira, 2 de março, Sérgio Netto levou o iniciante Paulo
Guimarães Costa, que trabalhava no CAC, e o ensinou a Regra Paulista. Paulo
venceu Sérgio por 2 x 1. Graças ao esforço de Sérgio Netto, estava reinaugurado
o Clube de Botões do Ceub.
Na parte da noite desse dia 2, pela janela apareceu Jorge Corrêa, com
jeito de gozador, dizendo que na terra dele ninguém o vencia! Jamais havia
visto uma bola esférica na vida (estas bolas eram as feitas de lã e vendidas
pela Brianezi, de São Paulo).
Sérgio também o ensinou os fundamentos da regra e Jorge quis jogar uma
partida. Resultado: 6 x 1 a favor de Sérgio. Seu time passaria a ser o Raposa,
em homenagem ao time de coração, o Cruzeiro, de Belo Horizonte.
Para o sábado, 3 de março, Sérgio Netto telefonou para todos aqueles que
haviam comparecido ao Ceub em 1977. Aos poucos foram voltando Alexandre
Campello, Cícero Barros, Creso Ribeiro, Luciano Duarte, Luiz Gomes, Nonato
Silva e Vasco Duarte, dentre outros.
E as muitas atividades no Ceub voltaram a acontecer a partir desse 3 de
março de 1979.
Em apenas três dias, os registros do Clube de Botões do Ceub já
indicavam mais de cem jogos e 353 gols marcados.
Os jogos passaram a acontecer aos sábados, durante a semana, nos
intervalos das aulas, toda hora era motivo para os botonistas se encontrarem e
baterem uma bola...
E durante a semana foram promovidos dois torneios de “tiro curto”, uma
homenagem à uma colega do curso de Psicologia do Ceub, Sylvânia.
O Torneio “Sylvânia I” foi
vencido por José de Ribamar Garcês, secundado por Cícero Barros.
Já a segunda edição desse torneio teve como campeão Sérgio Netto,
ficando Roberto Machado em segundo lugar.
No dia 10 de março de 1979 foi realizado o Torneio "Sylvânia III", com Sérgio Netto chegando ao bicampeonato e Vasco Duarte ficando com a segunda colocação.
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